Já experimentou nossas carnes especiais no buffet?
A carne suína tem gordura insaturada (“boa”) e saturada (“ruim”). “A primeira prevalece e ajuda a reduzir o mau colesterol (LDL), a pressão arterial e o triglicérides. A segunda, eleva o risco de doenças cardiovasculares”, diz Rafaela. Por outro lado os cortes magros não deixam a desejar. É o caso do lombo, tender, filé, pernil, paleta e costeleta. “Carne magra é a que contém menos de 10 g de gordura, menos de 4,5 g de gordura saturada e menos de 95 mg de colesterol por porção de 100 g”, diz Tamara Mazaracki, nutróloga da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).
Os cortes magros da carne de porco estão mais saudáveis do que há 15 anos. Uma pesquisa do USDA* mostrou que todos apresentaram redução de 16% de gorduras nesse período. No caso específico das gorduras saturadas, a queda bateu a casa dos 30%. “Atualmente, este suíno é alimentado com ração à base de soja e milho. Com isso, ganhou menos gordura e maior presença de vitaminas e minerais”, explica Rafaela. Um segundo diferencial é que a gordura do porco costuma se concentrar na superfície da pele, sendo mais fácil de ser retirada com a faca durante o preparo na cozinha. O oposto ocorre com a carne de vaca, cuja gordura vem entrelaçada nas fibras do alimento. Quando em quantidade moderada, aliás, não há por que temer as gorduras insaturadas. O nutriente exerce funções específicas no organismo, como fornecer energia. “Ele também ajuda na absorção de vitaminas lipossolúveis”, completa Cristina Simões de Carvalho Tomasetti, coordenadora do curso de Nutrição da Universidade Norte do Paraná (Unopar).
O que a carne de porco tem para dar e vender são nutrientes. Além de contar com ácidos graxos do tipo ômega 3, 6 e 9, ela disponibiliza minerais como selênio, fósforo, potássio, ferro, magnésio e zinco – este último responsável pelo fortalecimento da imunidade. Da turma de vitaminas, merecem destaque os tipos A, E e do complexo B. No caso da tiamina (vitamina B1), o valor chega a ser até 10 vezes superior ao encontrado na carne bovina. Para quem não sabe, o nutriente dá uma mãozinha na conversão de pães e massas em energia, além de atuar sobre o sistema neurológico. “Uma porção pequena (85 g) de lombo supre aproximadamente 70% das necessidades diárias de tiamina num adulto”, conclui Rafaela.
A carne de porco é fonte de proteína animal e de alto valor biológico. “Isso significa que ela tem todos os aminoácidos essenciais, que não são sintetizados pelo corpo”, lembra Luciana Di Pietro Magri, nutricionista e doutora em Biologia Funcional e Molecular pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Após consumidos, tais aminoácidos são recombinados em anticorpos, hormônios e tecidos musculares. O alimento, aliás, é ideal para quem sua a camisa na academia. “Hipertrofia muscular nada mais é que aumento na fabricação do músculo. Para isso, ele precisa de proteína de boa qualidade, como a carne do porco”, completa a especialista. O ideal é consumir duas porções pequenas (100 g a 150 g) de carnes por dia, sejam elas de boi, ave ou suína. No caso da carne de porco, os cortes que devem ser priorizados são os mais magrinhos, como o pernil assado (com 4,6 g de ácido graxo saturado) e o lombo assado (com 2,6 g).